Como diminuir os juros abusivos nas parcelas do veículo?

Aprenda medidas simples para identificar a cobrança abusiva de juros no financiamento do veículo; e saiba como reverter a situação, caso esteja sendo vítima de cobranças exorbitantes pelas instituições financeiras.


O sonho de comprar um carro pode se transformar em pesadelo se o contrato do financiamento não for lido atentamente. Os juros que, no Brasil, já são exorbitantes, podem se tornar abusivos. Portanto, tão importante quanto escolher o modelo mais arrojado e o motor mais potente, é saber identificar se o valor dos juros está acima do previsto em lei. Para isso, existem medidas simples.

Como diminuir os juros abusivos nas parcelas do veículo?

O que são juros abusivos?

Apesar de não haver uma tabela com números fixos, é possível consultar as taxas médias cobradas por instituições financeiras no site do Banco Central, seja qual for a modalidade de financiamento. De acordo com o BC, no caso de veículos, as taxas variam entre 0,74% e 3,64% ao mês. Se, no contrato, o valor referente ao Custo Efetivo Total da operação ultrapassa esses números, é bem provável que você esteja pagando acima da margem do mercado, o que, na prática, são juros abusivos.

 

Antes de cair no golpe, porém, é possível fazer a simulação. Na página do Banco Central na internet, você pode acessar a Calculadora do Cidadão, inserir os dados referentes ao financiamento e descobrir se o valor firmado está dentro da média. Outro cálculo simples é somar o total do financiamento. Se esse valor for superior a 20% do preço à vista do veículo, já pode ser configurado cobrança abusiva. Vale ressaltar, ainda, a importância de se verificar se as taxas acordadas com a empresa são, de fato, as que estão sendo cobradas.

 

Após toda essa análise, se forem constatadas as cobranças excessivas, existem outras medidas a serem tomadas para reverter ou diminuir os danos.

 

Afinal, como diminuir os juros abusivos nas parcelas do veículo?

 

Neste caso, é importante que se contrate um advogado para que ele possa entrar judicialmente com uma ação contra a instituição financeira, com o objetivo de adequar as taxas cobradas. O processo é conhecido como ação revisional. A boa notícia é que esses “abusos” podem ajudar na hora de fazer um acordo para saldar o restante da dívida.

 

Após a petição judicial para a revisão do contrato, um juiz de valor vai analisar o fato para confirmar se houve a cobrança indevida, levando em consideração os juros de mora, a capitalização mensal, as taxas de juro, a inscrição de cadastro, a correção monetária, entre outras situações. Muitas vezes, a revisão das cláusulas gera uma redução significativa nos valores das prestações, podendo chegar até 50%.

 

Empréstimo como alternativa ao financiamento

 

Existem outras maneiras de adquirir um carro, sem que seja pelo financiamento. São os empréstimos financeiros. Apesar de não serem isentos de taxas, podem ser uma boa alternativa, quando bem definidos. Neste caso, deve-se escolher alguma instituição que ofereça juros baixos, para que seja viável a troca. Com o dinheiro em mãos, é possível quitar a dívida do veículo. Há várias modalidades de empréstimos: consignado, com garantia de automóvel, garantia de imóvel. Deve-se avaliar qual deles é mais adequado para cada caso.

 

Orientação na hora do financiamento

Seja qual for a via de solução, o ideal seria contratar uma agência de consultoria para orientar durante todo o processo de financiamento, desde a escolha de uma instituição bancária até a leitura das cláusulas contratuais, evitando, assim, qualquer surpresa e prejuízos pelo caminho.

 

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